O objetivo é levar a estas comunidades informações teórico-práticas sobre o manejo do ambiente, o cuidado com as pessoas, o reconhecimento e uso econômico dos georrecursos, enfatizando e respeitando os conhecimentos e sabedoria das comunidades.
ASCOM FAPESB
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Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece de 15 a 21 de outubro, a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), realizará visitas às comunidades quilombolas de Itacaré, São Roque/João Rodrigues/Santo Amaro e Serra D´água, no distrito de Taboquinhas. O objetivo é levar a estas comunidades informações teórico-práticas sobre o manejo do ambiente, o cuidado com as pessoas, o reconhecimento e uso econômico dos georrecursos, enfatizando e respeitando os conhecimentos e sabedoria das comunidades.
O ponto forte das ações está na aplicação das ecotecnologias, como compostagem, canteiros com desenhos geométricos multifuncionais, minhocário, tratamento de águas e privadas secas. A equipe executora do projeto tem o domínio desses procedimentos, que vêm sendo aplicados na maioria das comunidades contempladas pelo projeto de extensão Permacultura, nas Escolas e Comunidades da UESC, desde 2007.
A importância do evento consiste no fato de os participantes terem a oportunidade de conhecer e enaltecer os conhecimentos adquiridos por essas comunidades, que remontam a milênios, associando as ciências da natureza e as ciências humanas. Estes conhecimentos transformam-se em aplicações ecotecnológicas para garantir renda, qualidade de vida, economia dos georrecursos, culminando em uma comunidade estável, economicamente viável e sustentável. Além disso, o trabalho contribui para a elevação da autoestima dessas populações quase sempre isoladas e abandonadas.
Serão empregadas técnicas de permacultura em busca de soluções criativas e harmoniosas tendo a natureza como aliada e indispensável à sobrevivência. A permacultura tem como objetivo criar assentamentos ecologicamente corretos garantindo alimentos de qualidade, fortalecendo o laço fraterno dos integrantes em um processo sustentável. Isto significa o fortalecimento da comunidade, com a garantia de seus alimentares, produção de ervas medicinais, criação de pequenos animais, criação de galinhas de terreiro, possibilitando trocas com outras comunidades, venda de excedentes e garantia de renda.
Estas ações serão transmitidas para a comunidade através de palestras e práticas ecotecnológicas no intuito de levar um novo olhar aos assentados em relação à natureza que os cerca. As visitas pretendem abranger 300 pessoas nos assentamentos quilombolas. Os principais temas abordados serão: ambientes, pessoas, geoserviços, ciências e ecotecnologias.