Estudos científicos comprovam que a atenção humanizada prestada no parto reduz a mortalidade materna.
JANE EVANGELISTA*
janeevangelista@gmail.com
Estudos científicos comprovam que a atenção humanizada prestada no parto reduz a mortalidade materna. A presença de um acompanhante escolhido pela parturiente, por exemplo, a deixa mais segura, mais tranquila, diminuindo o tempo do parto e as dores, pois ela estará mais relaxada. Além disso, o parto sem intervenções desnecessárias diminui os riscos para a mãe e para o bebê.
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O parto humanizado respeita a individualidade das mulheres. Elas são as protagonistas do ato de parir. A mulher é estimulada a se movimentar nos momentos que antecedem o parto, o que diminui a dor. Ela pode beber líquidos e comer coisas leves, pode escolher a posição que quer parir seu filho e faz força de acordo com o ritmo do seu corpo.
“O parto humanizado favorece à mulher retomar sua capacidade de parir, permitindo-lhe reconquistar o protagonismo do parto. Respeitando o seu ritmo e sua fisiologia , suas escolhas e necessidades. Reduz as intervenções desnecessárias, que geralmente levam a uma cascata de intervenções com consequências desastrosas, trata o parto como um evento pessoal, familiar, e não como apenas um ato médico. Ao mesmo tempo prevê a utilização dos recursos tecnológicos como aliados da segurança do binômio mãe-bebê, baseando esse uso em evidências científicas. Para isto é necessário que o cuidado se dê de forma individualizada, por profissionais competentes e atentos”, afirma Pereira.
*Jane Evangelista é jornalista e especialista em Jornalismo Científico pela Facom-UFBA