Yara Aquino / Agência Brasil
O Ministério da Educação anunciou, no dia 03, uma nova modalidade de bolsa do Programa Ciência sem Fronteiras, voltada para o mestrado profissional. O edital com mil vagas será lançado em novembro e os bolsistas iniciam o estudo no segundo semestre de 2014. Inicialmente, serão oferecidas vagas de mestrado profissional apenas em instituições nos Estados Unidos. Os cursos terão duração de um e dois anos e são mais voltados para o mercado de trabalho.
“É uma formação que não tem como objetivo fazer depois o curso de doutorado. É mais voltada para a produção. Então, isso ajuda muito a produtividade do país, o aumento da eficiência, a formação de alto nível”, explicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Os temas e áreas identificados como prioritárias para o mestrado profissional são engenharias e demais áreas tecnológicas; computação e tecnologias da informação; tecnologia aeroespacial; petróleo, gás e carvão mineral; energia; biotecnologia; nanotecnologia e novos materiais. O mestrado profissional soma-se às bolsas já concedidas pelo programa, que são de graduação, tecnólogo, doutorado e pós-doutorado.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de chegar a 101 mil bolsas em 2014. Pode concorrer às bolsas de graduação quem fez o Enem e teve nota igual ou superior a 600 pontos. É preciso ainda ter domínio em língua inglesa.
A iniciativa privada é responsável por conceder 26 mil bolsas. O ministro disse que a participação do setor no Ciência sem Fronteiras está abaixo do esperado. Mercadante não informou a quantidade de bolsas já concedidas pela iniciativa privada, mas disse que deveriam ser cerca de 12 mil e o número está abaixo desse patamar. Na avaliação dele, a nova modalidade, mais voltada para a prática profissional, pode incentivar a participação das empresas.