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Ciência e Cultura - Agência de notícias da Bahia
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Atualizado em 19 DE outubro DE 2013 ás 14:07

Beth Fernandes

A construção da cadeia de informação sustentável exige olhar transversal sobre o ambiente onde se opera, executa ações, de ponta a ponta. Com cuidado e compromisso desde a origem da pauta, ao envolvimento do repórter, editor e toda equipe, até o acompanhamento dos caminhos que percorrem a publicação para suitar, replicar. Dessa forma como Jornalismo pode contribuir para ajudar o Brasil no cumprimento de metas contra desafios históricos como: pobreza, desperdício, prevenção, construção de cadeias produtivas harmoniosas de ponta a ponta? Em entrevista exclusiva para a Agência de Notícias, a jornalista Beth Fernandes fala sobre os objetivos do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental e os desafios de pautas com demandas históricas reprimidas.

Liliana Peixinho - Especial Mídia e Meio Ambiente

Desafios históricos reprimidos em pauta no Congresso de Jornalismo Ambiental

Agência de Notícias- É objetivo do Congresso discutir propostas, ações, metas, linkadas com as propostas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). Nesse campo, como a organização do Congresso observa as demandas reprimidas no jornalismo ambiental brasileiro?

Beth Fernandes - Talvez uma das principais demandas no jornalismo ambiental hoje seja compreender seu alcance e transversalidade. Os painéis programados, entendo, visam a supri-las.

Agência de Notícias – Como o Congresso pretende abordar temas como Economia Verde, Comunicação Sustentável, Cadeias de Informação transversal, Greenwashing, Comunicação 3.0 ?

Beth Fernandes – Esses temas serão tratados dentro dos painéis, por representantes de governo, universidades, ONGs e setor produtivo, com a mediação de um jornalista da Rede.Tenho a expectativa de que esse debate será muito proveitoso tanto para os profissionais quanto para os estudantes de jornalismo.

Agência de Notícias – A especulação Imobiliária, a Construção Civil, o agronegócio e outros setores da Economia demonstram mais compromisso com o modelo do Crescimento à qualquer custo do que com o desafios de Desenvolvimento Sustentável. Essa sutileza entre um modelo e outro terá espaço no Congresso para o debate entre experiências jornalísticas em ativismo socioambiental, com pautas/olhares horizontais, transversais?

Beth Fernandes - Entre os temas do V CBJA, o painel O Bem estar social e o uso/ocupação do território, vai tratar dessa questão, que está incluída nos ODS, tentando uma abrangência que nos facilite o trabalho de informar.

Agência de Notícias – O Brasil desperdiça cerca de 40 por cento sua produção alimentar durante a cadeia que vai do campo à mesa. Temos espaço e histórico de produção alimentar para suprir o Brasil e outros países, paradoxalmente, ainda temos fome, desnutrição, obesidade, insegurança alimentar, desperdicio, mau hábito alimentae, espalhados Brasil afora. O Congresso terá espaço para jornalismo ativista que trabalhe nesse campo?

Beth Fernandes – O CBJA vai discutir grandes questões nos painéis temáticos, visando ao nosso aperfeiçoamento profissional. No último dia haverá um grande debate para tratar do jornalismo ambiental em si.

Agência de Notícias -Jornalistas Brasileiros, principalmente do Norte e Nordeste adentro, encontram  problemas sobre  financiamento de mídias alternativas, ativistas em comunicação socioambiental. De que maneira o Congresso pretende abordar essa demanda reprimida desde, no mínimo, início dos anos 90?

Beth Fernandes – No último dia do Congresso haverá um grande debate para tratar do jornalismo ambiental em si, para o qual estão sendo convidados, além dos integrantes da Rede, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF e da Fenaj.

Agência de Notícias – Como entender, contextualizar a atuação de mídias livres, independentes, captação de recursos e compromissos com a grande pauta Desenvolvimento Sustentável?

Beth Fernandes – Entendo que esse é um tema que os jornalistas deverão levar para discussão.

Agência de Notícias – Que projetos/ações a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental desenvolve, atualmente, para a formação continuada de profissionais e estudantes?

Beth Fernandes – A Rede promove a troca de informação e experiências entre profissionais e, principalmente, para estudantes e recém chegados.

Agência de Notícias – No Nordeste, na Bahia, a Facomp- Faculdade de Comunicação da UFBa- Universidade Federal da Bahia, criou o primeiro curso de especialização em Jornalismo Cientifico e Tecnológico, com interfaces para o meio ambiente. De que maneira esses profissionais podem se inserir num mercado onde o greenwashing se mostra poderoso no compromisso com os que o jornalismo ambiental/transversal, estar a combater?

Beth Fernandes – Com seriedade e competência. Mentira (que é o nome que dou ao greenwashing) não se perpetua. É nosso dever denunciar com seriedade e fundamento coisas nesse sentido.

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