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Atualizado em 10 DE dezembro DE 2013 ás 15:06

Lançamento de satélite brasileiro foi um fracasso

O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a 300 milhões de reais, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos, segundo a Agência Brasil

Alberto Alerigi Jr.*

O lançamento do satélite CBERS-3, desenvolvido conjuntamente por Brasil e China, fracassou nesta segunda-feira após falha no foguete chinês que colocaria o equipamento em órbita, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo o instituto, “avaliações preliminares sugerem que o CBERS-3 tenha retornado ao planeta (…) engenheiros chineses responsáveis pela construção do veículo lançador estão avaliando as causas do problema e o possível ponto de queda”.

Foto: divulgação/INPE

Foto: divulgação/INPE

O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a 300 milhões de reais, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos, segundo a Agência Brasil.

O programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, na sigla em inglês) gera imagens da superfície do território brasileiro para aplicações como zoneamento agrícola, monitoramento de desastres naturais e acompanhamento de alterações da cobertura vegetal, com grande aplicação na região amazônica.

O Cbers-3, construído pelo Inpe e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, retoma a transmissão de imagens enviadas anteriormente pelo Cbers-2B, que deixou de funcionar em 2010. Antes, o Cbers-1 e o Cbers-2 tinham sido enviados por Brasil e China em 1999 e 2003, respectivamente, afirmou a Agência Brasil.

“Para assegurar o cumprimento dos objetivos do programa CBERS, Brasil e China concordaram em iniciar imediatamente discussões técnicas visando a antecipação da montagem e lançamento do CBERS-4″, afirmou o Inpe em comunicado.

O foguete Longa Marcha 4B deveria viajar durante 12 minutos e ao atingir a altitude de 780 quilômetros iniciaria procedimentos para estabilização de órbita, segundo a Agência Brasil.

* Repórter da Agência Reuters Brasil

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