O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a 300 milhões de reais, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos, segundo a Agência Brasil
Alberto Alerigi Jr.*
O lançamento do satélite CBERS-3, desenvolvido conjuntamente por Brasil e China, fracassou nesta segunda-feira após falha no foguete chinês que colocaria o equipamento em órbita, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o instituto, “avaliações preliminares sugerem que o CBERS-3 tenha retornado ao planeta (…) engenheiros chineses responsáveis pela construção do veículo lançador estão avaliando as causas do problema e o possível ponto de queda”.
O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a 300 milhões de reais, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos, segundo a Agência Brasil.
O programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, na sigla em inglês) gera imagens da superfície do território brasileiro para aplicações como zoneamento agrícola, monitoramento de desastres naturais e acompanhamento de alterações da cobertura vegetal, com grande aplicação na região amazônica.
O Cbers-3, construído pelo Inpe e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, retoma a transmissão de imagens enviadas anteriormente pelo Cbers-2B, que deixou de funcionar em 2010. Antes, o Cbers-1 e o Cbers-2 tinham sido enviados por Brasil e China em 1999 e 2003, respectivamente, afirmou a Agência Brasil.
“Para assegurar o cumprimento dos objetivos do programa CBERS, Brasil e China concordaram em iniciar imediatamente discussões técnicas visando a antecipação da montagem e lançamento do CBERS-4″, afirmou o Inpe em comunicado.
O foguete Longa Marcha 4B deveria viajar durante 12 minutos e ao atingir a altitude de 780 quilômetros iniciaria procedimentos para estabilização de órbita, segundo a Agência Brasil.
* Repórter da Agência Reuters Brasil