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Atualizado em 5 DE setembro DE 2014 ás 17:38

Vida marinha é debatida na Semana de Biologia da UFBA

Recifes de corais e suas interações ecológicas foram tema de palestra

ANALÚ RIBEIRO*
analluribeiro@yahoo.com.br

“Trabalhar com recife de coral é uma coisa fascinante”. Foram com essas palavras que o professor doutor Marcos Moura Nogueira iniciou a palestra ‘Recifes de Corais e Interações Ecológicas’ que aconteceu na tarde desta quinta (04) na IX Semana de Biologia (SEMBIO), que acontece na Universidade Federal da Bahia.

Nogueira iniciou a explanação com a diferença entre recife e recife de coral. O primeiro diz respeito a existência de algum obstáculo à navegação. Já recife de coral é uma estrutura oriunda de animais (biogênica). Dentre os recifes, há aqueles que não possuem só corais em sua formação. Estes são chamados de biohermas.

Ao explicar sobre como ocorre a formação de um recife, Nogueira separou esse processo formativo em dois: construtivo e destrutivo. O primeiro ocorre quando esqueletos de corais mortos são aglutinados em substratos existentes no meio aquático. A partir dessa aglutinação o coral tende a se desenvolver para o posterior surgimento de um recife.

Foto: Reprodução

Entre os corais um dos principais construtores são os do reino zooxantela. “Eles vivem numa relação de simbiose, onde o recife de corais fornece susbtrato aos zooxantelados, e estes fornecem carboidratos ao recife em construção”, concluiu. O processo destrutivo é resultado da ação dos bioerodidores (animais que destroem recifes, a exemplo de vermes, esponjas, cracas) e de correntes marítimas.

Nogueira destacou que a existência de corais ocorre predominante em águas tropicais e subtropicais e, a temperatura mínima deve ser de 22º. Além dessas características, os recifes precisam de luz para a realização da fotossíntese.

Durante a palestra, o pesquisador chamou atenção para a existência de uma extensa costa marítima que favorece a formação de recifes na Bahia, destacando a região de Boipeba, localizada no Arquipélago de Tinharé, a qual possui uma formação de recife de corais, que tende a sofrer danos futuros. Isso por que uma empresa instalada no local pretende realizar a construção de prédios. “Na natureza tudo que é desordenado é por conta de atividade humana”, finalizou Nogueira.

*Graduanda em Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias C,T&I – Ciência e Cultura.

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