O pesquisador Manoel Barral Neto apresentou informações sobre a produção científica no Brasil e destacou a importância da internacionalização das pesquisas.
LAÍS MATOS*
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Nessa segunda feira, (13) o Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal de Bahia recebeu pesquisadores, professores, estudantes e técnicos para a cerimônia de abertura da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia (ACTA). A programação de abertura do evento, contou com o lançamento de livros publicados pela EDUFBA, escritos por professores e pesquisadores da Ufba e com um concerto musical, apresentado pela Orquestra de Violões da Escola de Música.
O evento acontece até a próxima sexta-feira (17), e apresenta as produções científicas oriundas de trabalhos desenvolvidos por grupos de pesquisas, abrigando também trabalhos culturais e artísticos produzidos por alunos, professores, e servidores técnicos da Ufba e de outras instituições.
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A abertura oficial do evento foi feita pelo reitor da Ufba, João Carlos Salles e pelos pró-reitores de Pesquisa e Inovação Olival Freire Júnior e de Extensão Fabiana Dultra Bispo.”É um momento em que a universidade para um pouco para priorizar, ao invés da sua atividade cotidiana de aulas, para para discutir resultados de pesquisas e resultados de reflexões. É também uma semana de congraçamento, de festividade e os alunos, professores, funcionários e cidadãos têm a oportunidade de conhecer o que a Ufba vem produzindo no últimos anos”, afirmou o professor Olival Freire.
Palestra de abertura
Na abertura da ACTA, o pesquisador e diretor da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia, Manoel Barral Neto apresentou a conferência Internacionalização da Pesquisa Brasileira: Limites, avanços e desafios. O pesquisador, que já foi coordenador do curso de Medicina da Ufba e reitor pró-tempore da Ufba, defendeu a necessidade de um estímulo maior, para que os estudantes brasileiros desenvolvam suas pesquisas, em instituições de ensino internacionais e defendeu a entrada de estudantes estrangeiros nas instituições brasileiras.
Barral traçou um panorama dos limites, avanços e desafios da pesquisa científica no Brasil e no mundo e a partir de dados e gráficos, e demonstrou que a produção científica brasileira é bastante significativa e tem crescido nos últimos anos, “O Brasil têm a maior produção científica entre os países da América Latina. Em 2002, o país estava em 17º lugar no número de artigos científicos publicados, os primeiros lugares eram ocupados pelos Estados Unidos, seguido pelos países europeus. Em 2013 subimos para o 13º lugar, o que prova o aumento do desempenho brasileiro”, disse o professor.
O professor falou ainda que é preciso internacionalizar a educação porque raramente os problemas da ciência são apenas nacionais. “Dessa forma, o intercâmbio de conhecimento fica muito maior porque enriquece a visão das pesquisas, a qualidade do ensino e o ambiente cultural da faculdade, com a diversidade cultural de cada país”. O Manoel Barral destacou também que esse processo deve ser estabelecido sem clima de competição, para o máximo aproveitamento da divulgação científica.
*Graduanda no curso de Comunicação Jornalismo na Universidade Federal da Bahia e bolsista da Agência de Notícias em Ciência e Cultura da UFBA