A parceria entre FAPESB, SECTI e SPM premiará seis pesquisadoras na Bahia
POR MARINA ARAGÃO*
marinaaragaosilva@gmail.com
Pesquisadoras e jovens cientistas que se destacam nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Ciências Biológicas serão reconhecidas e homenageadas através do Prêmio Bahia pela Diversidade – Edição Mulheres na Ciência. A iniciativa é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI) e com a Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres da Bahia (SPM).
No Brasil, o número de mulheres em grupos de pesquisa tem aumentado de forma significante. Entretanto, especificamente nas Ciências Exatas, da Terra, Engenharias, denominadas ciências duras, e nas Ciências Biológicas, ainda existe uma discrepância maior de gênero. O diretor-presidente da FAPESB, Eduardo Almeida, destaca a necessidade da presença de mulheres nestes campos do conhecimento. Segundo ele, “uma das formas que podem contribuir com a atração de novas pesquisadoras, além de valorizar as que já atuam, é ter uma premiação reconhecendo tanto as cientistas com maior grau de senioridade, como jovens pesquisadoras de destaque”, explica.
Seleção – O processo de seleção das pesquisadoras passará pela consulta pública, aberta à comunidade para as indicações das cientistas, e pelo enquadramento, no qual um Comitê Gestor, composto por membros da FAPESB, SECTI e SPM, checarão se os critérios de elegibilidade explicitados no edital foram atendidos. Em seguida, pesquisadores especialistas de fora da Bahia avaliarão os Currículos Lattes das indicadas. Por fim, um Comitê Julgador, composto por no máximo cinco especialistas das grandes áreas premiadas, definirá as seis pesquisadoras vencedoras. A premiação ocorrerá no dia 08 de março.
As cientistas de destaque (uma de Ciências Exatas e da Terra e Engenharias e uma de Ciências Biológicas), com doutorado há oito anos ou mais, receberão R$ 15.000,00 cada. Para as jovens pesquisadoras (duas de Ciências Exatas e da Terra e Engenharias e duas de Ciências Biológicas), doutoras ou mestras há menos de oito anos, será concedida uma quantia de R$ 5.000, 00 cada.
Para a assessora técnica da Diretoria de Inovação e Inclusão da SECTI, Juliana Fajardini, os efeitos da premiação podem ultrapassar o ambiente acadêmico. “Isso fomenta a conversa, a discussão, coloca mais pessoas para pensarem no assunto. Até a cerimônia de premiação, e mesmo depois, com a divulgação do perfil das vencedoras, a ideia é que consigamos alcançar um maior número de pessoas, para gerar mais impacto”, afirma.
No fomento à valorização da ciência, a FAPESB também dispõe do Prêmio Roberto Santos. A premiação anual homenageia pesquisadores seniores de diferentes áreas. Segundo Almeida, esse é mais um prêmio de incentivo para a comunidade científica. “Faz todo sentido reconhecer os pesquisadores, que mesmo com a escassez de recursos e de infraestrutura nas universidades e nos centros de pesquisa, formam alunos, contribuem com a comunidade científica, levam suas soluções para o mercado e promovem impacto na sociedade”, defende.
*Estudante do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação e repórter da Agência de Notícias em CT&I – Ciência e Cultura UFBA