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Atualizado em 4 DE agosto DE 2011 ás 21:45

Bahia possui poucas experiências em museus digitais

Professor de museologia da Ufba acredita que museus podem explorar mais as potencialidades da internet

Renê Santos*
renesalomao@gmail.com

Palavras iniciadas pelo prefixo ciber já faz parte do nosso vocabulário: ciberespaço, cibercultura, cibercafé, ciberativismo e tantas outras. E cibermuseu? Já ouviu falar? Sabe o que é? “Um espaço virtual de mediação e de relação do patrimônio com seus usuários através da internet. É também conhecido como museu online, museu eletrônico, hypermuseu, museu digital, cibermuseu ou museu na web”. Essa é a definição dada pela enciclopédia livre Wikipédia.

Para o professor de museologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), José Cláudio de Oliveira, o uso da Internet pelos museus é multifuncional. De ferramentas de marketing a colaborações institucionais. No entanto, apesar de experiências expositivas, a exemplo da “Museus e Milênios” do Museu da Civilização em Québec, no qual 12 museus de alguns países, incluindo o Brasil, expuseram seus acervos, não exploram a potencialidade da rede mundial. “Para a grande maioria das instituições a Internet serve apenas como um grande painel para afixar suas informações institucionais, e não como uma ferramenta de troca e entrelaçamento de referências patrimoniais”, salienta Oliveira.

Há poucas referências de cibermuseus. No caso do Louvre, este disponibiliza links para obras, no entanto, sem mais informações. O Museu da Pessoa, no Brasil, tornou-se uma referência, pela questão da locatividade. Nele, os internautas participam da composição do espaço, compartilhando suas histórias.

Site do Museu do Louvre


Na Bahia, José Cláudio Oliveira tenta montar um museu digital na Ufba, porém a burocracia tem impedido. Mesmo com as dificuldades, os materiais já vêm sendo coletados. O Núcleo de Pesquisa dos Ex-votos, advindo do projeto Ex-voto Brasil, disponibiliza um rico acervo digital e em papel para toda a comunidade universitária. O Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao) sedia o Museu Digital da Memória Afro-Brasileira, iniciativa do projeto Fábrica de Idéias e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PosAfro). O projeto resgata e digitaliza documentos sobre o Recôncavo e o interior da Bahia.

*Estudande de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom

Entrevistas

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José Cláudio Alves de Oliveira

Museólogo fala sobre cibermuseus e suas diferenças em relação aos museus presenciais; da importância de mídias locativas para estes espaços, além da implantação de um museu digital na Ufba

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