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Atualizado em 24 DE outubro DE 2011 ás 17:16

III Congresso Baiano de Educação Inclusiva discute práticas pedagógicas

Em sua terceira edição o Congresso agrega o I Simpósio Brasileiro de Educação Inclusiva

Por Marília Moura*
marideologia@gmail.com

Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, o III Congresso Baiano de Educação Inclusiva reúne professores, estudantes, pesquisadores e profissionais, no Centro de Convenções (Salvador-Bahia), para discutir conceitos, compartilhar experiências e levantar questionamentos a cerca da inclusão educacional e social. A partir do tema “Práticas, Formação e Lugares” o Congresso pretende discutir temáticas como a formação dos profissionais da educação, as práticas sociais e pedagógicas que envolvem o indivíduo com necessidades educacionais especiais e os lugares que oferecem atendimento a essas pessoas, dedicando atenção especial à escola inclusiva e ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), uma complementação para a educação escolar do aluno com deficiência que estuda em escolas comuns.

Alguns dos objetivos visados pelo III CBEI são: a necessidade de compartilhar o conhecimento através da produção e disseminação de experiências e pesquisas que abordam a questão da “inclusão/exclusão” de pessoas com deficiência; discutir a abordagem política, cultural e ética de práticas pedagógicas e divulgar experiências sobre processos de inclusão que acontecem em âmbito escolar, familiar, comunitário, artístico, entre outros. A partir deste ano, devido ao crescimento de sua abrangência acadêmica, o Congresso agrega o I Simpósio Brasileiro de Educação Inclusiva (SBEI), organizado por professores e pesquisadores das universidades públicas da Bahia, entre elas, Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Programação – Entre as atividades que serão realizadas durante o Congresso estão conferências, mesas-redondas, mini cursos, lançamentos de livros e apresentações culturais. Um dos participantes das discussões será o professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Ufba (Faced), Teófilo Galvão Filho, que vai compor a mesa sobre “Tecnologia Assistiva e Inclusão Escolar”.

As tecnologias assistivas são recursos, produtos, práticas e serviços que têm a função de promover a funcionalidade, em relação à participação de pessoas com deficiência, proporcionando autonomia, qualidade de vida e inclusão social. Segundo o professor Teófilo, “para diversos alunos com necessidades educacionais especiais, em função das limitações impostas pela deficiência, o acesso a recursos de Tecnologia Assistiva que, com muita freqüência, são recursos e adaptações simples e artesanais, às vezes, elaborados por seus próprios professores, torna-se a diferença entre poder ou não estudar e aprender junto com seus colegas”. Assim, “a Tecnologia Assistiva torna possível para esses alunos, inclusive aqueles com graves comprometimentos, realizar atividades ou desempenhar tarefas que antes, lhes eram inalcançáveis”, conclui o professor. Sobre sua participação no evento, ele adianta que vai analisar o atual panorama da área da Tecnologia Assistiva (TA) no Brasil, considerando aspectos como recursos, pesquisas, desenvolvimentos e políticas públicas voltadas para essa área, com ênfase nas repercussões para a inclusão escolar dos alunos com deficiência.

Ele afirma que, na Bahia, um dos desafios para a pesquisa e desenvolvimento de TA é a falta de conhecimento sobre a área, tanto da população como dos centros de pesquisas, o que explicaria o fato de ela estar quase ausente nas políticas públicas. Teófilo Galvão Filho ressalta que “embora já comecem a surgir programas oficiais de fomento à pesquisa e desenvolvimento nessa área, são ainda em número muito reduzido, em relação às necessidades e demandas. Tornar essa área mais conhecida e presente nas pautas e decisões das políticas públicas é um dos principais desafios atuais”, relatou. Outro desafio é a necessidade de atualizar as políticas públicas de concessão de recursos de Tecnologia Assistiva, que de acordo com o professor, “estão defasadas em relação às novas possibilidades que estão surgindo e que podem abrir novos e amplos horizontes para a pessoa com deficiência”.

Opinião - Sobre a expectativa em relação ao III CBEI, Teófilo Galvão Filho afirmou que o evento “vem consolidar um espaço privilegiado de reflexão e de apresentação de propostas na área da Educação Inclusiva que, juntamente com as duas versões anteriores, tem se tornado uma referência importante, na Bahia e no Brasil, nessa área”. Para ele, os estudos que serão apresentados e discutidos no Congresso trarão contribuições importantes para refletir sobre os processos de inclusão escolar e aprendizado de alunos com necessidades educacionais especiais.

Aprendizagem – Os participantes do III Congresso Baiano de Educação Inclusiva também poderão participar, mediante inscrição prévia, de mini cursos sobre educação inclusiva, como o mini curso introdutório sobre audiodescrição, que será ministrado pela professora do Instituto de Letras da Ufba, Manoela Cristina da Silva, mestre em Letras e Linguística pela Ufba (2009) e membro do grupo de pesquisa “Tradução, Mídia e Audiodescrição” (TRAMAD). Junto com Deise Silveira, vice-coordenadora do TRAMAD, Manoela da Silva apresentará noções básicas sobre o tema e abordará a construção de roteiros de audiodescrição, “técnica que consiste em traduzir material audiovisual, como filmes, peças de teatro, espetáculos de dança, entre outros, para pessoas com deficiência visual”, explicou Manoela. O recurso da audiodescrição melhora a compreensão de produtos audiovisuais pelo público com deficiência visual. A professora destacou que esse mini curso é uma tentativa de divulgar a audiodescrição e instrumentalizar profissionais que podem utilizar os princípios da técnica para enriquecer sua prática pedagógica.

Durante o Congresso, Manoela da Silva também vai participar de uma mesa-redonda em que pretende divulgar os resultados de pesquisa em audiodescrição, familiarizar os professores com o recurso e incentivá-los a usar materiais com audiodescrição em sala de aula.

Além disso, ela também pretende questionar o que as emissoras de televisão aberta têm feito para veicular pelo menos duas horas semanais de programação com audiodescrição. A medida do Ministério das Comunicações, está em vigor desde o dia 1º de julho deste ano e consiste em uma implementação gradual do recurso da audiodescrição na TV aberta.

Mais informações sobre a programação do III Congresso Baiano de Educação Inclusiva estão disponíveis no site do evento.

*Com informações da página do III CBEI.

Serviço

III Congresso Baiano de Educação Inclusiva e I Simpósio Brasileiro de Educação Inclusiva

Onde: Centro de Convenções

Quando: 30 de outubro a 1º de novembro

Quanto: Consulte no site.

Contato: IIIcbei@taticcaeventos.com / 71 3354-9050 / 3494-2838

Realização: Ufba, UFRB, Uefs, Uneb, Uesc e Uesb

*Estudante de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom

2 comentários para III Congresso Baiano de Educação Inclusiva discute práticas pedagógicas

  1. Cândida Santos disse:

    Imagino o qual proveitoso é esse congresso pois, soube muito tarde. Gostaria de participar dos mini-cursos e não sei como fazer minha inscrição.

  2. Lílian Purificação disse:

    Gostaria de salientar, que eventos como esse de grande importancia para a sociedade educacional, fosse mais bem divulgado com antecedencia, pois várias pessoas, inclusive estudantes de Pedagogia se interessariam em participar, pois irão escrever sobre alguns dos assuntos abordados.Obrigada pela atenção!

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