Palestra fez parte da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia (Acta), com o intuito de debater políticas públicas, cuidado à saúde e proteção ao idoso
Por Cristiane Cardozo*
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Para debater políticas públicas, cuidado à saúde e proteção ao idoso, foi realizada, na última quarta-feira (09), no auditório da Biblioteca Universitária de Saúde da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o II Seminário de Valorização da Pessoa Idosa, na Família e na Comunidade: Um enfoque na Política, Proteção e cuidado à Saúde. O seminário foi promovido pelo Núcleo de Estudos para Valorização do Envelhecimento (Neve) e do Grupo de Estudo Violência e Qualidade de Vida, ambos da Escola de Enfermagem da Ufba, em parceria com o grupo de apoio aos parkinsonianos e Cuidadores (Grupo Parkinson). O evento fez parte da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia (Acta). A abertura do seminário contou com a presença da professora e doutora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Ufba (FFCH), Alda Britto da Motta, que discutiu a importância do combate ao preconceito com relação a pessoa idosa. “É uma relação desigual, porque quando se é idoso, tudo que se faz na vida é por causa da idade”, afirma.
O debate foi composto pela professora doutora Darci de Oliveira, que apresentou o tema; Aspectos Éticos da Pesquisa Envolvendo a População Idosa. Para falar de políticas públicas de combate a pobreza para a população idosa na Bahia, o seminário teve como convidado o conselheiro da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Leôncio Brito, e para falar sobre medidas proteção para idosos, vítimas de violência, o seminário trouxe como palestrante, a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso, Susy Anne Brandão.
Violência - De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/BA), em cinco anos foram registrados mais de 15 mil ocorrências de agressões contra o idoso. Este ano, já foram registradas mais de 1.500 ocorrências, sendo que em quase 70% das agressões, são praticadas por parentes e pessoas contratadas para cuidar dos idosos. “A falta de comprometimento da sociedade com relação ao idoso, dificulta ainda mais nossa ação de combate a violência contra o idoso”, afirmou à delegada. Segundo a Polícia Civil, só 16% dos casos de agressão ao idoso, chegam ao conhecimento da DP. “O apoio dos profissionais de saúde para denunciar é muito importante na tentativa de reprimir os agressores”, ressaltou.
Políticas Públicas - Segundo a Sedes, a Bahia dispõe de 31 Centro Social Urbano (CSU), ação social que tem por objetivo atender a população idosa, nos quais, são oferecidas atividades esportivas, socioculturais, inclusão digital, capacitação e geração de renda, e noções de cidadania em que são esclarecidas dúvidas com relação ao Estatuto do Idoso. Esta ação do governo, em 2011, já contemplou mais de 3.684 idosos, por todo o estado. “Ações socioassistenciais para o idoso, se configura como um direito do cidadão e um dever a ser cumprido pelo estado”, sintetiza Leôncio Britto.
Além das palestras, os participantes do seminário puderam conferir a exposição de quadros pintados por idosos, o relançamento do livro Memórias de Primeira maternidade do Brasi l- Maternidade Climério de Oliveira, lançamento da cartilha “Nina foi visitar a Bahia” e assistir uma apresentação musical.
*Estudante de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom