Segundo estudantes, as grades curriculares de produção cultural e jornalismo são defasadas e fora da nova realidade do mercado
VICTÓRIA LIBÓRIO*
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Uma demanda antiga reivindicada por estudantes e professores da Faculdade de Comunicação, a reforma nas grades curriculares dos cursos de Jornalismo e Produção em Comunicação e Cultura está sendo preparada. Para debater o assunto, será realizado o seminário Reforma Curricular dos Cursos de Produção Cultural e Jornalismo, nesta sexta-feira (12/07), às 11 horas, no auditório da FACOM.
A reforma curricular dos cursos tem sido um ponto prioritário para a melhor formação dos graduandos da Faculdade de Comunicação. “Os novos projetos pedagógicos irão rever o perfil do egresso, a definição e os objetivos dos cursos implementados”, detalha o coordenador do colegiado, Sadao Nakagawa.
Esse se torna um momento importante de atualização de ambas as grades curriculares, já que permite repensar todas as competências sob o eixo de novas tendências da academia e do mercado, e revisita os perfis profissionais e suas demandas formativas. “Além disso, iremos repensar os seus eixos temáticos e as respectivas disciplinas, as normas de funcionamento dos cursos, os pré-requisitos, a carga horária dos cursos e das disciplinas, as novas disciplinas optativas, a inclusão das disciplinas de ACCS, o regulamento das atividades complementares e dos estágios não obrigatórios e, no caso do jornalismo, as normas para o estágio obrigatório”, detalha.
Uma comissão para cada curso foi formada no colegiado de graduação, com a responsabilidade de propor a reforma pedagógica. As comissões criadas no âmbito do Colegiado da Graduação para estudar e encaminhar as respectivas reformas curriculares têm à frente os professores Suzana Barbosa (Jornalismo) e Leonardo Costa (Produção em Comunicação e Cultura).
No caso de Jornalismo, a comissão está atualmente formada pelos seguintes professores Marcos Palacios, Rodrigo Rossoni, Lia Seixas e Malu Fontes. Professora Suzana ainda está à frente da comissão, mas é provável que a partir de agosto seja outro professor a coordená-la.
As propostas serão apresentadas no seminário, cuja participação dos estudantes é de suma importância para discutir e contribuir a partir das pautas e demandas do corpo discente. “Como se trata de uma grande reforma, a presença do corpo discente nessa discussão é de extrema importância, pois precisamos contar com a sua participação, avaliação, experiência e capacidade de propor novas questões para melhorar o desempenho dos curso já implementados”, finaliza o professor.
* Estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Facom/UFBA. Estagiária da Agência de Notícias Ciência e Cultura.