Mestrandos apresentaram estudos e debateram os resultados sobre a implantação do B.I em Saúde na Ufba
JOSENILDO MOREIRA*
josenildo-junior@hotmail.com
A semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia 2014, realizada de 13 à 17 de outubro na Universidade Federal da Bahia, abriu espaço para discussões acerca do Bacharelado Interdisciplinar de Saúde. Pesquisas sobre concepções e práticas de saúde e doença foram abordadas pelos estudantes do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade. A palestra foi coordenada pela professora Maria Thereza Ávila, que reiterou a importância de debates que dialoguem com as questões da saúde para os estudantes de BI em Saúde, possibilitando o reconhecimento da sua futura profissão. Ao final da apresentação, foi aberto o momento para perguntas e contribuições sobre os temas debatidos.
As pesquisas abordaram diversos temas como – Representações Sociais de Estudantes do BI em Saúde Sobre Travestis e Atividade Física Entre os Estudantes do curso. O pesquisador Adailton Conceição de Souza apresentou o trabalho – A Orientação Acadêmica e Profissional no BI em Saúde da Ufba – que analisa as impressões, expectativas e as dúvidas envolvendo os alunos do B.I.
Adailton afirma que a orientação é um dos mecanismos que favorece a permanência dos estudantes, pois oferece um acompanhamento tanto dos professores e de outros profissionais envolvidos como técnicos administrativos. “O foco da minha pesquisa é entender como se dá a passagem dos estudantes pela Universidade e de que forma isso ocorre. O desafio de entender o funcionamento e a logística nesse novo ambiente é o que me motivou”, esclareceu o pesquisador.
Permanecer SUS
Por outro lado, Wilton Figueredo expôs a pesquisa intitulada O programa permanecer SUS entre os alunos do BI em Saúde, que teve como justificativa antigas discussões acerca da formação de profissionais de saúde, que não tinham uma política humanizada. Wilton pretendia estudar um programa direcionado para o lado humano e o Permanecer SUS surgiu sob a perspectiva de oferecer estágios, no qual estudantes dispõem-se a trabalhar voltados para a Política Nacional de Humanização (PNH), onde os pacientes são acolhidos, possuem escuta ampliada, humanizada. “O Permanecer SUS é interessante, porque primeiro você atende o paciente e em seguida todos os profissionais responsáveis pelo caso sentam-se e discutem sobre as melhores formas de conduzir os problemas daquele enfermo. Ou seja, há uma preocupação que vai além da doença; é focado no lado humano”, disse Wilton.
A palestra encerrou com um debate de questionamentos entre os pesquisadores e os estudantes presentes. Para a mestranda Virgínia Teles, eventos como esses contribuem diretamente para o entendimento dos estudos voltados para o BI, em especial o de Saúde, pois possibilita aos estudantes entender essa nova estrutura que surge nas Universidades, intitulada de Bacharelado Interdisciplinar.
*Graduando no curso de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia e bolsista da Agência de Notícias em C,T&I