A pesquisa é do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Uneb.
LUNA LAYSE
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A pesquisa de Iniciação Científica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, estuda a produção orgânica do tomate (Licopersicon esculentum).
Segundo o professor do DTCS Paulo Pinto, orientador do projeto de pesquisa, o sol intenso da região e a constante exposição do tomateiro aos raios solares podem prejudicar a fotossíntese – processo em que as plantas produzem o seu e próprio alimento.
Dentre os fatores que podem afetar a fotossíntese estão a temperatura e a intensidade de luz. De modo geral, a temperatura diurna mais favorável para o cultivo do tomate varia entre 25° e 30 °C. E a quantidade de luz que a planta absorve diariamente, deve atingir apenas o ponto de saturação, momento em que todos os sistemas de pigmentos estão ativos e não há como captar uma quantidade adicional de luz. Se a intensidade da luz ultrapassar este ponto, a fotossíntese é inibida.
É por esse motivo que uma parte do experimento foi protegida com telas de sombreamento. “Elas filtram determinados raios, como os ultravioletas e outros que poderiam impedir a fotossíntese nos horários de calor mais intenso”, explica o professor.
Nas plantações são aplicados extratos concentrados de algas marinhas, com o objetivo de verificar qual a eficiência desses promotores de crescimento na qualidade e na produtividade do tomate.
A produção é realizada na Estação Experimental de Produção Orgânica do DTCS da Uneb, e ocupa cerca 600m². Os estudos começaram a ser desenvolvidos no final do ano passado, e os frutos, ainda em nível de pesquisa, serão avaliados para comparar os resultados obtidos entre o cultivo em ambientes protegidos – com uso de telas – e a produção a céu aberto. Inicialmente, está sendo analisada a variedade IPA 6, indicado especialmente para as condições climáticas no Nordeste do Brasil e uma variedade híbrida mais produtiva.
“As sementes utilizadas são ainda do cultivo convencional. Não são as mais adequadas para o sistema orgânico, mas era o que dispúnhamos. Nos próximos cultivos nós utilizaremos variedades que são obtidas de acordo com os processos de produção agroecológica”, esclarece Paulo Pinto.