POR FABIO DE SOUZA*
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Em 1939 era descoberta a primeira jazida de petróleo no bairro de Lobato, em Salvador. Após alguns anos de pesquisa e exploração do “ouro negro”, como era chamado, nasce, em setembro de 1950, a primeira Refinaria Nacional de Petróleo, a Landulpho Alves, localizada no Recôncavo Baiano. Mais tarde, em 1953, foi incorporada à recém fundada Petrobrás, que veio a despontar como a quarta maior empresa do setor energético no mundo.
Porém, após enormes prejuízos, ligados principalmente a escândalos de corrupção, a Petrobras vem tomando medidas para conter despesas. Uma delas é o fechamento e venda de alguns dos ativos da empresa. Em declaração à imprensa, na última terça-feira (08), o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, afirmou que se trata de um “processo de desinvestimento”, e que é para fortalecer a Petrobrás.
Com outra visão, o ex-professor de economia da UFBA, e antigo presidente da estatal brasileira, Sérgio Gabrielli, presente no evento, comenta que o fechamento da Petrobrás na Bahia acarretará em grandes perdas para o estado. “Estamos vivendo um momento de destruição de um setor que foi importantíssimo para transformação da cidade de Salvador, para transformação do recôncavo na cidade que nós temos hoje”, lamenta.
Segundo o Sindipetro-BA, o fechamento das instalações no estado terá impacto para aproximadamente 3 mil trabalhadores. Associado ao sindicato, Adoniran Costa comenta que essa mudança terá ainda maiores consequências. “vai impactar na minha visão e na visão dos trabalhadores da petrobrás 14 mil pessoas, pois esses empregos diretos e indiretos envolvem também a família das pessoas”, acrescenta.
Nesta edição, em viagem para a Argentina, o professor Nelson Pretto não esteve presente, mas o debate foi mediado pelo professor José Baptista (China), responsável pela criação do curso de graduação em Engenharia de Petróleo e do curso de Especialização em Petróleo.
Além de Sérgio Gabrielli, estiveram à mesa, o deputado Federal, Nelson Pelegrino, representantes da Câmara dos Vereadores da Cidade de Salvador, Marcos Mendes, do Sindipetro Bahia, Átila Barbosa e da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong). Débora Rodrigues.
Polêmicas Contemporâneas é um evento realizado, no auditório da Escola Politécnica da UFBA, pelo Departamento de Educação da Faculdade de Educação (Faced), sempre às segundas-feiras, 19 horas, com a coordenação do professor Nelson Pretto. O debate também pode ser visto ao vivo pelo canal do Polêmicas Contemporâneas.
*Estudante do curso de jornalismo da Faculdade de Comunicação e repórter da Agência de Notícias em CT&I – Ciência e Cultura UFBA