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Atualizado em 22 DE fevereiro DE 2025 ás 16:53

Lançamento JaÉ Gerações: 7° edição da revista reflete sobre a infância

A Agência de Notícia em CT&I (AGN) esteve presente no evento de lançamento da 7° edição da JaÉ, produto da Agência Experimental em Comunicação e Cultura da Facom

Por Larissa Lima. Revisão por Cinthia Maria.
cienciaecultura.ufba@gmail.com; l21lima@outlook.com

A sétima edição da JaÉ, revista anual da Agência Experimental de Comunicação e Cultura da Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom) foi lançada na última sexta-feira, dia 07 de fevereiro. O evento de divulgação ocorreu no auditório da faculdade e marcou o primeiro contato do público com a edição  “JaÉ Gerações”.Durante o encontro, houve apresentação de mesa com os entrevistados e um bate-papo com os agenciadores, que compartilharam detalhes sobre  o desenvolvimento do projeto dessa 7° edição.

Esta edição da revista traz como tema central os impactos que as experiências vividas na infância e juventude podem causar ao longo da vida. A JaÉ Gerações aborda a desigualdade social, seu reflexo na infância com contraponto de iniciativas de proteção infantojuvenil e a cura dos impactos negativos gerados. No editorial, a edição é definida como: “um convite para olharmos as cicatrizes invisíveis da infância e juventude, mas também para as iniciativas que tentam reconstruir esses espaços de esperança”.

A editora-chefe desta edição, Isabel Queiroz, conta que o tema se deu pela necessidade de apresentar a infância não apenas como a primeira fase da vida, mas é a base que molda quem somos. “Então a gente pensou que a gente poderia interligar com temas tanto sociais, quanto temas que são do nosso próprio eu. Então a infância acaba moldando toda a nossa trajetória e transforma quem a gente é, né? No presente, no futuro e fala muito sobre o nosso passado. Então foi por isso que a gente escolheu falar sobre gerações”, afirma Isabel.

A revista é dividida em 5 editorias: Comunidade; Páginas verdes;  Eixo; Perfil; e Raízes, cada uma trazendo uma perspectiva sobre a infância. Vinicius Porto, coordenador geral do projeto Cadi Valença e convidado da sessão comunidade,ele  reforça como a falta de acesso a direitos como o de ir e vir transformam infâncias. “Dentro da própria comunidade temos muros invisíveis, que muitas vezes impedem crianças de visitarem seus avós por que moram em outras ruas. [...] Lutamos para que a gente consiga derrubar esses muros invisíveis, fazendo com que todos da comunidade tenham acesso aos seus direitos”.

Comunidade é a parte da revista que aborda como o tema afeta a comunidade, como pode ser visto e percebido. Para Larissa Carneiro, uma das agenciadoras da editoria, a sessão é um lugar de pensar, refletir sobre os impactos das ações na sociedade, a agenciadora afirma que por influência de onde veio escolheu a editoria por sentir que tinha formas de contribuir.

Sentimento compartilhado por outros agenciadores que durante suas falas reafirmaram a importância de escrever sobre assuntos pouco explorados pela mídia tradicional, e tocar nesses temas de forma sensível. “Durante a conversa com toda a equipe do CADI Valença, foi muito tranquilo, porque mais que um bate-volta, foi um diálogo onde a gente se comunicava e se reconhecia um no outro.” concluiu Larissa.

Sophia Eloy explica que em sua editoria, Raízes, tem a perspectiva de trazer as mudanças e evoluções com o passar do tempo e nessa edição conta histórias sobre as infâncias que foram curadas através da espiritualidade e da cultura, afirmou também certa identificação com sua editoria “Eu observo muitas infâncias que foram restringidas na infância mesmo e mais à frente essas pessoas resgataram através desses processos e eu acho isso muito interessante e me identifiquei bastante”, contou a agenciadora.

Para Eloy, discutir as marcas da  infância é essencial, pois essas experiências deixam marcas profundas que têm reflexo durante toda a vida.

“Ela perpassa, eu acho que a infância é a fase da vida que mais perpassa todas as outras, ela entra em meios muito fundos e eu acho que um problema na infância é muito mais difícil do de curar quando é porque ele é porque ele é de base, né?”.

O agenciador Nauan Sacramento destacou que a JaÉ está em um lugar de reconhecimento do leitor com  uma revista de comunicação comunitária, “ o sentimento foi muito mais de uma vivência que eu tive, eu vim de escola pública, então, ouvir de alguém especializado, tudo aquilo que eu já via e que eu já convivia, foi assim, foi uma certeza de dizer, tá, o problema é realmente isso agora a gente tem que trabalhar para mudar isso”. Após as mesas o evento contou com intervenções artísticas com canções do Sam Lisboa e o “Momento Ballroom” com a Brazilian Kiki House of Bushidö.

Queiroz ressaltou que esta edição se propõe a tratar a infância de maneira séria, sem a perspectiva lúdica, explorando diversos contextos  e aspectos sociais.. A revista JaÉ Gerações está disponível para leitura online e de acesso gratuito, assim como outras versões publicadas, na por meio da plataforma ISSUU através do link: 7° edição JaÉ Gerações

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