Newsletter
Ciência e Cultura - Agência de notícias da Bahia
RSS Facebook Twitter Flickr
Atualizado em 17 DE maio DE 2012 ás 17:07

Geração distribuída de energia e manutenção de áreas verdes são debatidas em encontro

Ciclo de Palestras promovidos pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal propõe metas para uma arquitetura sustentável.

POR GILBERTO RIOS¹ E MARILÚCIA LEAL² *
¹gilberto.rios13@gmail.com ²lealmarilucia@gmail.com

O sétimo encontro do O Ciclo de Palestras Arquitetura e Sustentabilidade – promovido pelo Departamento das Tecnologias Aplicadas à Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA (FAUBA), realizado nesta quarta-feira (16/05), ressaltou novos pontos do debate sobre sustentabilidade: a distribuição de energia e a preservação e urbanização das grandes áreas verdes. O evento teve como debatedoras a diretora de Fortalecimento Tecnológico e Empresarial da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Telma Andrade, e a promotora de urbanismo do Ministério Público Estadual, Hortênsia Pinho.

Da esquerda para direita, as apresentadoras Telma Andrade, Hortênsia Pinto e a mediadora da mesa

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA: Telma Andrade informou o quadro da Bahia sobre produção energética sustentável. Para ela, trabalhar com Geração Distribuída de Energia é um forte incentivo para um mundo sustentável.

A Geração Distribuída de Energia (GDE) consiste em criar pequenas fontes locais de produção a partir do material em abundância no território, evitando os custos e impactos no momento da distribuição para o consumidor final. A ação principal trabalhada por Telma está voltada para questões de energia e sustentabilidade na Bahia.

“A energia é um bem que tem causado inclusive guerras, como é o caso do petróleo. A geração distribuída potencializa o que se tem localmente. Então, se é melhor o cultivo de oleaginosas localmente, prezamos por produzir biodiesel”, esclareceu a diretora. Ela ainda salienta que é preciso desenvolver ainda mais a geração de energia solar e eólica, postas de lado devido aos custos de implantação. Explica, também, que esse tipo sustentável de produção precisa ter intenso apoio governamental para seu desenvolvimento e, conseqüentemente, para ter GDE.

Finalmente, ela destaca que a realidade baiana não dá conta do ideal de produção. “A Bahia teve anos sem investimento direto nessas áreas e só recentemente é que começa a superar essa deficiência”, enfatizou. Mas, no futuro, ela acredita que o empenho governamental e o apoio da sociedade civil mudarão esse quadro.

DIREITO E SUSTENTABILIDADE: Em sua fala, a promotora Hortênsia Pinho chamou atenção da platéia sobre o papel do Ministério Público Estadual de zelar pela manutenção das áreas verdes de uso público no Estado. “É importante que exista um diálogo permanente entre áreas distintas – sociedade civil, academia, órgãos fiscalizadores – com o propósito de identificar e mapear a localização dessas áreas”, defendeu.

Informou ainda que o processo de identificação é a principal arma contra a ocupação desordenada e ilegal das grandes áreas de mata, principalmente por grandes empreendimentos imobiliários. Situação que, na maioria das vezes, gera danos irreversíveis ao meio ambiente.

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) também foi amplamente discutido. Importante instrumento para o ordenamento territorial urbano, o estudo é previsto no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU).

*Gilberto Rios e Marilúcia Leal são estudantes de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (FACOM/UFBA) e bolsistas do Agência Ciência e Cultura.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *