Naomar Almeida Filho falou do papel da universidade na pesquisa e na criação
Por Vagner Campos*
vagnercampos85@gmail.com
Na tarde da última quarta-feira (09), foi realizada a última palestra do Café Literário da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia (Acta 11). A apresentação com o título Desde quando interessa, à Universidade, pesquisa e criação, apresentada pelo pesquisador do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar Almeida Filho, fez um panorama sobre a instituição da universidade e questionou o atual modelo educacional.
O pesquisador falou sobre a criação da primeira universidade no mundo, a de Bolonha, na Itália, criada no século XI, ressaltando sua importância. Em seguida, o também filósofo, Naomar Almeida Filho se aprofundou no iluminismo kantiano, comentou sobre a pedagogia orgânica e a apologia da autonomia, um dos fundamentos que regem a instituição universidade.
As origens do ensino superior no Brasil e as contribuições dos fundadores das principais universidades brasileiras (Universidade de São Paulo – USP, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, UNB e Ufba) também foram elementos de análise abordados na palestra. Naomar comentou sobre a reforma universitária que aconteceu durante o período do Regime Militar no Brasil, no ano de 1968, e afirmou que naquele momento, o Brasil assumia de vez o modelo educacional bonapartista.
O ex-reitor concluiu que “poucas instituições no país merecem ser chamadas de universidades, por essa razão, o maior desafio é superar o modelo que dominou a Universidade Federal da Bahia”. Naomar terminou sua participação ratificando que, apesar de Edgard Santos ter fundado um modelo positivo de universidade na Ufba, isso se perdeu em decorrência do bonapartismo acadêmico e que é necessária uma nova reformulação.
*Estudante de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom
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