Em seu relatório mais recente, o IPCC afirma que os grandes causadores do aquecimento no planeta são o petróleo, o carvão e o gás natural, além dos desmatamentos
*Renata Santana
rsantana.jornalista@gmail.com
Existe um grande embate quanto às causas das mudanças climáticas no planeta, não se sabe se são por causas naturais decorrentes das mudanças cíclicas do clima, que resfria e esquenta em diversas localidades, ou se são provocadas pelos homens, as chamadas causas antropogênicas. Muitos cientistas e meteorologistas, portanto, têm afirmado com veemência que a maior influência do aumento das temperaturas no planeta é decorrente das ações dos homens.
Segundo o WWF-Brasil (organização não-governamental, de origem brasileira, que faz a integração em rede mundial de entidades preocupadas com a conservação da natureza), as mudanças climáticas – ou aquecimento global – provocadas por causas antropogênicas, acontecem devido ao excessivo lançamento de gases do efeito estufa (GEEs) na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2), provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Tais gases quando lançados na atmosfera formam uma espécie de cobertor que vai ficando mais espesso ao passo que há um maior lançamento desses gases e os raios solares que atravessam a camada de ozônio são impedidos de retornar, fazendo com que o planeta vá ficando cada vez mais quente.
O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), que foi estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial, em 1988, em seu relatório mais recente, afirmou que grande parte do aquecimento observado nos últimos 50 anos foi decorrente do lançamento de muitos GEEs de origem antropogênica, decorrentes principalmente da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural, e dos desmatamentos.
Ainda segundo o IPCC, o fenômeno de mudança climática de origem natural é devido à variação solar combinado a outros fatores naturais, como os vulcões. O último aquecimento no planeta, cuja conclusão foi tirada após análise de aproximadamente 30 pesquisas da época, ocorreu no período pré-industrial, antes de 1950, e após este ano ocorreu um período de resfriamento da terra. Por isso, alguns cientistas acham que este aquecimento de hoje não passa de algo cíclico nas temperaturas do planeta e que logo vai passar.
Mas são muitas as consequências sentidas, em diversas partes do planeta: o aumento dos eventos de extremos climáticos, como as tempestades tropicais, os furacões, as secas ou as ondas de calor, são alguns indícios. Outras fatores, observados pelos cientistas que acreditam em causas antropogênicas, são o aumento do nível do mar e o derretimento das calotas polares. E desde que começou a intensa emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, no período da Revolução Industrial, foi observado que a temperatura do planeta aumentou 0,8°C.
Pesquisadores do IPCC alertam para o risco deste aumento chegar a 2°C, ocasionando o aumento do nível do mar, decorrente do derretimento de geleiras, mudança nos padrões de precipitação das chuvas, enchentes ou até mesmo seca. E mesmo que os eventos de temperaturas extremas não sejam provados como causadores do aquecimento global, os cientistas acreditam que haverá modificações em suas freqüências e intensidades. Podem ocorrer ainda alterações nas disponibilidades agrícolas, a redução do nível dos rios no verão, a extinção de espécies e o aumento de vetores de doenças.
De acordo com estudos da Royal Society de Londres, publicado no site de notícias Gl, o número médio de furacões que acontece em cada temporada dobrou no último século devido ao aquecimento do mar, que aumentou 1,3 grau de superfície, seguido pela mudanças de direção do vento, provocados pelo aquecimento global.
Céticos acreditam que esses valores, anteriores ao século XX, não podem ser comprovados, pois muitos ciclones se formavam e morriam nos mares sem que ninguém soubesse. Os dados só passaram ter confiança a partir de 1944, com as observações aéreas e mais ainda em 1970 com os satélites.
De acordo com os estudos do IPCC, a concentração dos GEEs na atmosfera global tem aumentado significativamente desde o ano 1750 e agora já ultrapassou em muitos os valores obtidos do período da pré-industrialização. Esses valores são determinados com estudos feitos em núcleos de gelo que guardam por muitos anos os valores e porcentagem de tais gases. A taxa anual de crescimento do dióxido de carbono, emitido na maioria das vezes por causas antropogênicas, foi maior nos últimos dez anos, desde que se começou a medir continuamente os gases.
A questão do aquecimento global está sendo muito discutida pelo mundo e suas profecias já estão se tornando reais. Geleiras estão derretendo, nível do mar subindo, chuvas deixam de precipitar em lugares onde antes era abundante, ou o contrário, ela está precipitando em locais onde antes era seco. Já é possível perceber que este aumento na temperatura global não é algo natural e que não vai passar. Os efeitos estão cada vez mais perceptíveis e cabe agora aos governos tomarem medidas de segurança contra possíveis catástrofes, e reduzir o máximo possível a emissão dos GEES, a fim de assegurar a vida na terra.
Saiba mais:
Aquecimento global: desastres piores podem ser evitados
*Jornalista e pós-graduanda em Jornalismo Científico e Tecnológico pela Ufba
adorei
acho este acto muito importante
adorei esse texte me ajudou muito a fazer um trabalho de escolaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Ficamos satisfeitos em saber. Boa sorte!
o texto esta bem claro sem deixa duvidas no leitor parabens!!!!
é muito legal
eu gostei mesmo
min ajudou em um trabalho legal de ciências
é muito importante porque nos ajuda muitas pessoas
a saber mas a ter mas conhecimento
Desculpe,
Não compreendemos o que disse.
Att,
Equipe Ciencult